A intervenção com Constelações Familiares no atendimento individual pode ser realizada com bonecos e com âncoras de solo, configurando um trabalho mais estrutural.
A constelação também pode ser realizada fenomenologicamente, através de vivências sistémicas em grupo, onde pessoas que participam se tornam representantes das dificuldades ou sintomas do cliente e buscam harmonizar as pendências sistêmicas.
O tema é tão individual e único como a pessoa que o traz, tendo isto em conta, deixo algumas dicas de como escolher um tema.
Deve ser um assunto, problema ou limitação importante para si no momento, e para o qual pretende receber ajuda.
Por vezes são problemas recorrentes no sentido em que os identificamos como padrões repetitivos, embora os consigamos identificar não os conseguimos resolver e perpetuam-se. Por vezes são mágoas profundas ou sentimentos de inadequação que percebemos “conscientemente” que o motivo já não existe mas o sentimento prevalece e não o conseguimos mitigar.
Alguns exemplos de temas comuns de Constelação Familiar:
– Relações: Amorosas ( namoro ou casamento), Pai, Mãe, Filhos, Avós, de amizade, divórcio;
– Trabalho: conflitos laborais, profissão, hierarquia, sucesso, dinheiro, negócios;
– Saúde: doenças, sintomas, vícios, hábitos, compulsão alimentar, aumento de peso;
– Inclusão: abortos, violência, segredos, familiares excluídos, pátria, luto, destinos difíceis; acidentes;
– Fases da vida: gestação, parto, infância;
– Conceitos: prosperidade, abundância, fertilidade, escassez, crenças.
O tema que for certo para si!
Na Constelação Familiar acedemos ao campo morfogenético do cliente para perceber as dinâmicas ocultas que estão em curso.
O campo morfogenético é um campo de informação que nos é intrínseco, que guarda todas as memórias e informações do inconsciente colectivo pessoal e do sistema familiar. Para facilitar a análise do campo, recorremos a âncoras para representar pessoas, situações ou conceitos, no caso da consulta individual de Constelação Familiar, essas âncoras são os bonecos.
Iniciamos a sessão com uma conversa de enquadramento do tema do(a) cliente, para contextualizar e enquadrar todo o processo que se segue.
Coloco os bonecos à disposição do(a) cliente, e em conjunto com as indicações que vou dando para a entrada dos elementos no campo, é o(a) cliente que escolhe os bonecos e os movimenta.
Durante este processo, faço perguntas ao(à) cliente sobre as emoções e sensações que vivencia ao olhar para alguns elementos, ao fazer certos movimentos no campo e sobre como se sente ao observar certos posicionamentos.
Esta etapa é muito rica em informação pois serve para a consteladora identificar as dinâmicas e lealdades associadas ao tema, de forma a posteriormente poder facilitar, o movimento de cura: perante os desequilíbrios identificados no campo, escolho os elementos envolvidos e oriento o(a) cliente a pronunciar frases de cura que têm por objetivo resolver as desordens identificadas facilitando a cura.
Estas frases podem ser ditas com os bonecos a ilustrarem os elementos em causa ou através de meditação guiada por representação mental.
No fim é comum dar algumas orientações e dicas práticas de novas posturas a adoptar ou de conselhos que considere importantes para perpetuar o movimento de cura que fizemos juntos(as).
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